8 de maio de 2010

Ser livre, livremente


Ai como eu gostava de ser livre
de poder voar como um pássaro
de sentir o vento a correr no corpo
de sentir que vale a pena o que faço


Ai como me sinto contente
por ver as folhas bailarem
por ver as crianças sorrirem
e as vidas passarem


Como eu gostava de ser assim..
Não estar presa ao passado
Não estar agarrada a tudo
o que os outros deixam de lado


Aquilo que sou hoje
é aquilo em que me tornei
graças a atitudes cruéis
ou apenas gestos infiéis


Sou como sou
com orgulho e desilusão
Vivo cada momento
presa na minha consciencialização


A minha força interior
não me deixa ser livre
ser prisioneira ao amanhecer
é o que neste momento reside


Talvez um dia eu mude
talvez ganhe coragem de o fazer
mudar o meu destino
antes que não o possa fazer.

2 de maio de 2010

As crianças


Os dias passavam cinzentos…
Iguais como todos os outros mas diferentes a cada instante
Caíam folhas do céu, grandes como naves espaciais…
As crianças num tom inocente, riam e diziam ser animais a descer o céu
Os pais entram na alegria da inocência e afirmam “sim filho, são vacas voadoras e elefantes amarelos”
As crianças são a verdadeira razão da vida, não encontram maldade no que vêem ou no que dizem…
Mas não…. Não são animais voadores nem naves espaciais….
Continuam a ser as folhas… as velhas rameiras que já não servem, e morrem…
A morte é o final de tudo, é o final dos momentos, das tristezas, das alegrias, da vida!
Folhas que secam e morrem, como a vida de cada ser humano que nasce para morrer.
Quem nos dera ser eternamente crianças, sem pensar nas crueldades do mundo, nem na tristeza do fim.