11 de abril de 2010

Sufoco

É inevitável não sofrer,
é inevitável não chorar.
São fases em que todos passamos e lá, partes de nós deixamos.
Ai, como eu gostava de ser compreendida,
as palavras saem, os gestos actuam mas nada resolve.
Sinto-me muda quando converso contigo,
sinto-me parada quando reajo por ti.
Tudo o que faço é incompreendido, tudo passa e não volta.
Não há respostas para as minhas perguntas, não há perguntas que resolvam os meus problemas.
O querer é tão forte que ultrapassa os meus limites,
as mudanças vieram, e então perdi e ganhei.
Talvez tenha perdido mais, mas ganhei sabedoria de mim própria.
O desespero infiltrou-se em mim,
tentei alcançar-te mas falhei.
Sentimentos injustos que não conseguia nem consigo compreender.
Pensar resolve sempre tudo, por isso é que penso, até quando durmo.